quinta-feira, 5 de novembro de 2009

PHILLIP ZARRILLI


“Phillip Zarrilli é conhecido internacionalmente por seu treinamento de atores fundamentado em processo psicofísico, por meio e através das artes marciais e meditativas asiáticas, bem como diretor de teatro. Além de possuir um estúdio próprio, o Tyn-y-parc C.V.N Kalari, no País de Gales, Zarrilli conduz oficinas pelo mundo afora – incluindo recentes projetos de longa duração no Centro de Estudos sobre Jerzy Grotowski (Polônia), no Festival Internacional de Teatro Seoul (Londres), no Workshop Festival (Londres) no Teatro Nacional da Grécia, no Theatre Training Initiative (Londres), no Theatre Training Initiative (Londres), no Tainan-Jen Theatre Company (Taiwan), no TTRP (Singapura), no Gardzienice Theatre Association [ligado ao polonês Gardzienice Polish Theatre, dirigido por Wlodzimierz Staniewski], Trinity College (Dublin), Universidade de Minnesota (Minneapolis) e Passe Partout (Netherlands), entre muitos outros projetos e associações. Suas produções teatrais de peças escritas por Samuel Beckett in Los Angeles (2000), Austria (2001) e Irlanda (2004) receberam aclamações críticas e prêmios como o de “melhor atriz” e “produção corajosa”, em Los Angeles. Em 2002, Phillip Zarrilli colaborou com a escritora premiada Kaite O’Reily e com o Teatro ASOU (Austria) em performance coletiva Speaking Stones, cuja estréia deu-se na Áustria, em setembro de 2002, e Varsóvia (Polônia) em 2003 – esta última por convite do Centro de Estudos sobre Jerzy Grotowski (Centre of Studies on Jerzy Grotowski). Speaking Stones foi novamente apresentada em Aflez, Áustria,, em 2004. Neste mesmo ano, Zarrilli dirigiu The Water Station, do japonês Ota Shogo, em Singapura, com grupo do TTRP (Theatre Training Reseach Program), na Esplanada dos Teatros na Baía de Singapura (The Esplanade Theatres on the Bay in Singapore). Durante 2005 e 2006, seus trabalhos mais recentes têm incluído As Criadas (Die Zofen ou The Maids), de Jean Genet, na Áustria, e performances do Beckett Project (Projeto Beckett) em viagens pelos EUA e por Singapura.

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Zarrilli também é conhecido por seu trabalho junto a dançarinos e coreógrafos indianos. Em 2002, preparou Walking Naked, com o dançarino bharatanatyam Gitanjali Kolanad, tendo estreado e circulado internacionalmente até 2004, com apresentações em Mumbai, Londres, Seoul, Nova Iorque, Toronto, etc. Em 2003, adaptara e dirigira a farsa Sangalpam, de origem Sânscrita e datada do século sétimo d.C., a pedido da Bharatanatyam companhia de dança-teatro, com apresentações no Purcell Room, Queen Elizabeth Hall (Royal National Theatre, em Londres) e por cidades do Reino Unido. Atualmente, prepara um trecho de performance solo chamada The Fowering Tree, com Gitanjali Kolanad, cuja estréa está prevista para 2006.

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Seus estudos começaram com o kathakali, considerado pela Europa Ocidental e Américas como um tipo de dança-teatro. Por meio de treinamento nesta modalidade, em 1976 e 1977, sob a orientação de M.P. Sankaran Namboodiri em Kerala Kalamandalam [região de Querala do Sul, na Índia]. Tais estudos levaram Zarrilli a entrar em contato com o kalarippayattu[1] 1976-77. aprendido sistematicamente com M.P. Sankaran Namboodiri, no Kerala Kalamandalam. Portanto, os estudos prelimares de Zarrilli voltados ao kathakali o encaminharam para a fonte do treinamento, exercícios e massagens utilizadas pelos praticantes desta dança-teatro – o kalarippayattu.

Zarrilli – considerado o primeiro pesquisador ocidental a pesquisar seriamente o kalarippayattu – começou seu aprendizado em 1976. Então supervisionado e aluno de Gurukkal Govindankutty, no C.V.N Kalari, em Thiruvananthapuram, viveu em Kerala entre 1976 e 1993, em um total de sete anos de idas e vindas aos EUA. Em 1988, foi presenteado com o tradicional pitham [espécie de tamborete], o qual representa as credenciais do seu mestre Gurukkal Govindankutty Nayar. Quando o novo CVN Kalari Sangham fundou-se em 2004, o Tyn-y-parc CVN Kalari é o primeiro local, fora de Kerala, Índia, onde se pratica o kalarippayattu em chão de terra batida específico, o kalari.

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Além do treinamento a longo prazo com seu mestre Gurukkal Govindankutty Nayar, Zarrilli estudou também com Mohammed Sherif (da Kerala Kalarippayattu Academia, Kannur) e Raju Asan (adi-murai). É autor do primeiro estudo autorizado sobre o kalarippayattu, o livro entitulado When the body becomes all eyes [Quando o corpo se torna todo olhos]: paradigms and practices of power in kalarippayattu [paradigmas e práticas de poder em kalarippayattu] publicado pela Oxford University Press (1998/2000). Uma nova edição deste livro está em planejamento, sob a forma de DVD, onde imagens em movimento da prática marcial são adicionadas ao texto.

O Grupo Llanarth foi fundado em 2000 quando Zarrilli se mudou para o REINO UNIDO. Inclui projetos internacionais de extensão, reunindo uma variedade de artistas colaboradores em produções conjuntas ou particulares. O trabalho do Llanarth aplica processos psicofísicos de artes marciais e meditações asiáticas, a fim de obter processos comuns na elaboração de performances. Sediado no Tyn-y-parc, no País de Gales, o Grupo Llanarth tem a direção de Phillip Zarrilli.

Além do trabalho profissional, ensina Zarrilli utiliza sua metodologia de treinamento psicofísico em módulos de ensino para alunos de graduação e pós-graduação do Departamento de Estudos Performáticos da Universidade de Exeter, Inglaterra.[...]

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Algumas publicações de Zarrilli: Kathakali Dance-Drama: Where Gods and Demons Come to Play (com dois videotapes), pela editora londrina Routledge, em 2000.; When the Body Becomes All Eyes: Paradigms, Practices and DIscourses of Power in Kalarippayattu, A South Indian Martial Art, pela editora universitária de Oxford 1998/2000), editor de Acting (Re)Considered: Theories and Practices, pela Routledge (1995/2002), co-autor de Theatre Histories: An Introduction, pela Routledge (2006). Ensaios e artigos em periódicos como The Drama Review, Performance Research, Journal of Dramatic Theory e Criticism, Studies in Theatre and Performance. Editor de Martial Arts in Actor Training (Madison, 1993), co-autor de Indian Theatre: Traditions of Performance (University of Hawaii Press, 1990), co-autor de Wilhelm Tell in America's Little Switzerland (Wisconsin,1987) e The Kathakali Complex: Actor, Performance, Structure (Humanities Pr,1984).

Futuras publicações: The Psychophysical Actor at Work: a post-Stanislavskian Approach, pela Routledge Press, com DVD-ROM feito por Peter Hulton.

Pesquisa por meio da prática: The Beckett Project (junto a Patricia Boyette and Peader Kirk): estréia no Grove Theater, Los Angeles(abril de 1999) e apresentações no Reino Unido; em Cork, Irlanda (no Granary Theatre), no Esplanade Theatres on the Bay, Singapura, no Gilbert Hemsley Theatre, Madison, Wisconsin, EUA. An Evening of Beckett, com o Theatre Asou Graz, na Áustria, 1999.

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[1] Segundo professor Zarrilli, uma das traduções provém do dialeto Malayalam indiano: kalari significa “espaço aberto, lugar, chão batido, campo de batalha”; payattu designaria, alternativamente, “prática, hábito, verbo”. In: ZARRILLI, Phillip B. When the body becomes all eyes. New Dheli: Oxford Press, 2000 (1998), 310p., p.25.



Referências acessadas em 18/08/2006, com livre-tradução, para fins didáticos, feita por Cesário Augusto:

http://www.phillipzarrilli.com/biografy/index.html

http://www.phillipzarrilli.com/

http://www.spa.ex.ac.uk/drama/staff/staff_zarrilli.html


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